Países como Inglaterra, Austrália e Estados Unidos não têm por que tentar sediar uma Copa do Mundo no futuro se a Fifa não mudar seu sistema de votação, disse nesta sexta-feira o chefe da candidatura inglesa, Andy Anson.
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Segundo ele, a proposta da Inglaterra para a Copa de 2018 foi fatalmente prejudicada quando o presidente da Fifa, Joseph Blatter, alertou os membros do comitê executivo sobre os "demônios da mídia", pouco antes da votação.
A Rússia foi eleita a sede do Mundial de 2018, na quinta-feira, enquanto a Inglaterra, que esperava ao menos "sete ou oito votos" entre os 22 integrantes do comitê executivo foi eliminada logo na primeira rodada com apenas dois votos, incluindo um do próprio representante do país.
Anson declarou a jornalistas nesta sexta-feira que alguns membros da Fifa disseram a ele que recusaram a proposta inglesa após as acusações de corrupção na Fifa levantadas pela rede "BBC" e pelo jornal "Sunday Times".
Perguntado se aconselharia a Inglaterra a concorrer outra vez, Anson respondeu: "Eu diria agora que não, até que haja mudanças que permitam candidaturas como a nossa ter chances de ganhar."
"Quando você tem a melhor proposta técnica, uma visita de inspeção fantástica e o melhor relatório econômico e, pelo que nos disseram, a melhor apresentação de ontem, é muito difícil reconhecer que isso não contou absolutamente nada", disse.
"Ter apenas 22 pessoas votando dá muito poder e influência a elas. Realizar as votações de 2018 e 2022 juntas foi um grande erro. A Austrália tinha uma proposta muito boa e recebeu um voto, nós tínhamos uma proposta muito boa e tivemos dois, os EUA tinham uma proposta tecnicamente muito forte, e receberam só três votos."
"Seis votos na primeira rodada somando os três. Alguma coisa está errada", acrescentou Anson, que defendeu a volta da votação com todos os 208 membros da Fifa, como era até 1970.
Anson admitiu que a derrota foi difícil de admitir. "Ainda acho difícil entender o que aconteceu. Alguns membros prometeram votar em nós, e claramente não votaram."
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