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sábado, 27 de novembro de 2010

ONU decide suspender atividades em favelas

RIO - Representantes da Organização das Nações Unidas (ONU) emitiram nesta sexta-feira um alerta com recomendações aos cerca de 250 funcionários no Rio de Janeiro e suspenderam por uma semana, até 1º de dezembro, todas as atividades da instituição em favelas da cidade. O e-mail foi enviado pelo Departamento de Segurança da ONU no Brasil. As medidas de precaução foram debatidas entre os chefes das agências localizadas na cidade e aprovadas pelo coordenador-residente da ONU no Brasil, Jorge Chediek. A mensagem pede que os funcionários não passem pela Avenida Brasil e pelas linhas Vermelha e Amarela, antes do amanhecer e após o pôr do sol.

Pela primeira vez, alerta da ONU abrange toda a cidade

Segundo o e-mail divulgado pela ONU, exceções poderiam ser definidas, caso a caso, para atividades somente nas comunidades onde estão instaladas Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). A mensagem exibia uma mapa do Rio de Janeiro que aponta 25 ruas, estradas ou avenidas consideradas zonas de risco. Balões de cores diferentes - vermelho e azul - indicavam as áreas de acordo com o tipo de ocorrência: arrastão ou roubo de carro. Na Zona Norte, as avenidas Itararé (Ramos) e Suburbana foram citadas. No Jardim Botânico, por exemplo, foram assinaladas as ruas Maria Eugênia e Faro. Na Urca, a Rua Ramon Franco. Segundo Giancarlo Summa, diretor do centro de informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio), é a primeira vez que um alerta de segurança abrange toda a cidade.

- Temos operações em mais de 150 países e estamos no Brasil desde 1947. Esse é um procedimento padrão, já que a organização tem uma grande preocupação com a segurança dos funcionários. A ONU já adota uma série de procedimentos gerais que são adaptados a situações específicas em cada lugar em que operamos - disse Giancarlo.

O diretor explicou que a ONU não atua diretamente em favelas da cidade, mas em parcerias com ONGs estabelecidas nas comunidades. Segundo ele, são feitas visitas ocasionais pelos funcionários. Ele lembra que, em maio, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, esteve no Rio de Janeiro para o III Fórum da Aliança de Civilizações das Nações Unidas e visitou o Morro da Babilônia.

- Altos funcionários e delegações que visitam o Brasil pedem para conhecer comunidades brasileiras. Por uma semana, sugerimos que essas visitas sejam interrompidas - disse Giancarlo.

Em Caxias, funcionários liberados até 16h30m

Funcionários do Centro Panamericano de combate à febre aftosa, ligado à ONU e instalado em Duque de Caxias, não interromperam suas atividades, mas foram liberados mais cedo, até as 16h30m. O diretor do centro de informação da organização explicou que todos os funcionários, especialmente os brasileiros, que moram em áreas potencialmente de risco, foram liberados de seus escritórios a tempo de chegar em casa antes do anoitecer.

Entre as recomendações enviadas por e-mail pela ONU estavam medidas como evitar sair de casa desnecessariamente até que a crise acabe e não fazer movimentos bruscos. Outra orientação é, no caso de estar com uma criança no carro, avisar os bandidos com calma e pedir permissão para retirá-la. A mensagem ainda diz que nada é tão precioso quanto a vida e que os criminosos não têm nada a perder e atiram para matar, sem razão.



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