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sábado, 27 de novembro de 2010

Alarmes falsos na rede alimentam medo no Rio

RIO - O dia começou sexta-feira, mais uma vez, com alarmes falsos circulando nas redes sociais, contribuindo para aumentar o clima de medo no Rio. E-mails pedindo às pessoas que não saiam de casa no fim de semana e que usem blindados, por causa da ameaça de reações de traficantes, alimentaram ainda mais o pânico. Logo de manhã, motoristas que usam o Túnel Santa Bárbara, que liga a Zona Sul ao Centro, ficaram apreensivos. Muitos perguntavam pelo Facebook se a onda de violência teria provocado o fechamento da passagem, o que não se confirmou. No Twitter, circularam informações de que bandidos estariam descendo favelas, em diferentes pontos da cidade, para promover arrastões e decretar toques de recolher.

A tensão de cariocas e fluminenses contribuiu para espalhar os boatos. Na tentativa de orientar a população, muitos perfis no microblog usavam hashtags como #boato e #ehboato para desmentir informações. Entre as denúncias que não se confirmaram, havia as de arrastão no calçadão de Bangu, em Santa Cruz, na Freguesia e no Shooping Nova América, em Del Castilho. Ainda foi negado que comerciantes de Madureira teriam sido ameaçados e fechado as portas.

Ao longo do dia, tweets sobre ônibus incendiados e tiroteios acabaram desmentidos. À tarde, na twittosfera, um dos assuntos era um tiroteio na Central do Brasil, que não ocorreu. À noite, moradores de Niterói se assustaram com os boatos de troca de tiros na cidade. Chegou-se a comentar ainda nas mídias sociais uma ordem de criminosos $fechar o comércio na Praça da Cruz Vermelha.

Uma batida entre dois coletivos em frente ao BarraShopping acabou gerando confusão. Houve quem achasse que era mais um ataque a coletivos. Outra informação desmentida foi sobre uma colisão entre um carro da polícia e uma Kombi com traficantes na Ilha do Governador.

O metrô voltou ontem a ser alvo da central de boatos. Ao contrário de comentários na internet, não houve paralisação na estação de Triagem por causa de um tiroteio. E o incêndio numa gráfica na Estrada do Gabinal, na Cidade de Deus, acendeu o alerta, mas não tinha relação com os ataques.

O jornalista Roberto Casano, que trabalha com estratégia em mídias sociais, aconselha os internautas a selecionar as fontes e a não acreditar em tudo o que se lê. Para ele, é preciso "consumir com moderação" o que é divulgado nas ferramentas, especialmente num momento de pânico:

- Tuitar é muito fácil. São apenas 140 caracteres. Não é preciso tirar fotos para comprovar e, na verdade, poucos terão tempo de checar suas informações e acusar seus erros. A isso soma-se o feedback instantâneo. É ver seu boato se espalhando como verdade, num efeito que chamo de "atear fogo em mato seco". O mundo está cheio de espírito de porco. E de pessoas mais assustadas do que deveriam. A internet dá um megafone a elas.

O especialista já tinha desabafado no seu microblog: "Vem cá: espalhar o pânico para enfraquecer as instituições faz parte do plano deles ou do nosso? #confuso".



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