A França disse nesta segunda-feira que mantém seu apoio aos EUA, apesar dos constrangimentos causados pelo site WikiLeaks ao divulgar milhares de comunicações diplomáticas secretas norte-americanas.
Alguns desses documentos, escritos com brutal honestidade pelos diplomatas dos EUA para seus superiores em Washington, descrevem o presidente da França, Nicolas Sarkozy, como um político "que se irrita com facilidade" e "autoritário" segundo relato do jornal Le Monde, uma das cinco publicações que receberam o material antecipadamente.
Outras comunicações afirmam que a primeira-ministra alemã, Angela Merkel, é alguém que "evita riscos", que o primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, é "inábil" e que o premiê russo, Vladimir Putin, se comporta como um "macho alfa".
O porta-voz do governo francês François Baroin disse que o país foi alertado antecipadamente pelos EUA sobre os documentos. Ele reiterou o apoio do governo francês aos EUA e disse que os vazamentos de documentos deixam "a autoridade e a soberania democrática ameaçadas".
Embora o chanceler italiano, Franco Frattini, tenha qualificado o vazamento como "o 11 de Setembro da diplomacia mundial", analistas dizem que as relações internacionais não devem ser afetadas de forma duradoura.
(Reportagem de Laure Bretton)
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