Corpo de Bombeiros não registra chamadas de veículos incendiados por ataques desde domingo
Foto: Reinaldo Marques/Terra
Desde a noite de domingo, o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro não registrou incêndios de veículos relacionados aos ataques de criminosos que vinham ocorrendo na cidade. De acordo com a corporação, da noite de domingo até a madrugada de segunda-feira, os bombeiros atenderam seis chamadas de incêndios em veículos no Estado, mas nenhum dos casos teria sido resultado de ataque criminoso.
Destes casos, um ocorreu na cidade do Rio, no bairro de Jacarepaguá, e outro em Niterói. Os outros casos ocorreram no interior do Estado. Desde o início dos ataques, até a incursão no Complexo do Alemão, pelo menos 181 veículos foram incendiados.
Polícia evita ataques na Linha Vermelha
Policiais militares do grupamento tático de motociclistas conseguiram evitar que dois homens colocassem fogo em veículos na Linha Vermelha, no Rio. A polícia informou que a via chegou a ser fechada por alguns instantes, no acesso à Avenida Brasil, altura do Caju.
Um dos criminosos conseguiu fugir e o outro foi detido com um rádio de comunicação e uma garrafa pet com gasolina. O preso foi identificado como Marcelo Ferreira Gomes, de 24 anos, conhecido como Ratinho.
Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer).
Cartas divulgadas pela imprensa na segunda-feira levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado.
Na terça, todo efetivo policial do Rio foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Ao longo da semana, Marinha, Exército e Polícia Federal passaram a integrar as forças de segurança para combater a onda de violência.
Desde o início dos ataques, o governo do Estado transferiu 18 presidiários acusados de liderar a onda de ataques para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Os traficantes Marcinho VP, Elias Maluco e mais onze presidiários que estavam na penitenciária de Catanduvas foram transferidos para o Presídio Federal de Porto Velho, em Rondônia.
Na quinta-feira, 200 policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na vila Cruzeiro, no Complexo da Penha. Muitos traficantes fugiram para o Complexo do Alemão. O sábado foi marcado pelo cerco ao Complexo do Alemão. À tarde, venceu o prazo dado pela Polícia Militar para os traficantes se entregarem. Dentre os poucos que se apresentaram, está Diego Raimundo da Silva dos Santos, conhecido como Mister M, que foi convencido pela mãe e por pastores a se entregar. Na manhã de domingo, as forças efetuaram a ocupação do complexo.
Desde o início dos ataques, até a incursão no Complexo do Alemão, no domingo, 28, pelo menos 38 pessoas morreram em confrontos no Rio de Janeiro e 181 veículos foram incendiados.
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