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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Forças Armadas temem que a polícia do Rio de Janeiro possa ser má influência para os militares que atuam no estado

Comando acredita que policiais corruptos possam contaminar tropas, diz jornal

Soldado do exército revista morador no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro – 29/11/2010

Soldado do exército revista morador no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro – 29/11/2010 (Sergio Moraes/Reuters)

Um acordo costurado entre o Planalto e o governo do Rio de Janeiro estabeleceu que as Forças Armadas ficarão no estado até outubro de 2011. E o presidente Lula já disse que as tropas ajudarão o governo fluminense “pelo tempo que for preciso”. O comando militar, porém, teme que a permanência dos soldados no Rio possa resultar em uma “contaminação” dos militares pelos policiais corruptos.

De acordo com a edição desta sexta-feira do jornal O Globo, o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, general José Carlos de Nardi, entregará ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, uma diretriz elaborada pelos chefes dos estados-maiores da Marinha e do Exército e também pelos comandantes militares. O documento estabelece normas para a atuação das tropas e fixa o tempo de atuação das forças no Complexo do Alemão e na Vila Cruzeiro. 

O comando das Forças Armadas se preocupa também com a indefinição do papel de seus homens no combate ao banditismo no Rio. Nas reuniões entre o general Nardi e os demais chefes dos estados-maiores, um dos oficiais lembrou que, entre os 800 militares que atuam nos morros ocupados, há muitos que moram em outras favelas fluminenses – o que pode resultar numa retaliação de traficantes que dominam essas regiões.

Ainda segundo o jornal, os oficiais também se irritaram com as declarações do governador do Rio, Sérgio Cabral, a respeito da permanência das tropas. Os comandantes acreditam que o anúncio representou uma quebra de hierarquia, já que as Forças Armadas não estão subordinadas a governos estaduais.

O anúncio do pedido foi feito após um encontro de Cabral com a presidente eleita Dilma Rousseff, na segunda-feira. A força de paz, como foi chamada pelo governador, vai atuar na transição até que seja possível instalar Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) nas áreas que eram controladas pelo crime e foram retomadas no fim de semana.

O controle dos acessos às favelas antes dominadas pelo tráfico continua a cargo da autoridade policial. Já o trabalho de rotina será feito pelas forças designadas pelo Ministério da Defesa – que também incomoda as Forças Armadas, que tiveram alterada sua missão: de um trabalho de vigilância ao redor dos morros para o de policiamento dentro do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro.



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