Mais de 300 pessoas morreram em um tumulto durante um tradicional festival no Camboja, disse o primeiro-ministro do país, Hun Sen, em um pronunciamento na TV.
O incidente teria deixado 339 mortos e pelo menos outras 300 pessoas feridas.
Hun Sen afirmou que a tragédia é a maior do país desde o período do Khmer Vermelho, regime que, entre 1975 e 79, promoveu a matança de até 1,7 milhão de pessoas.
O tradicional Festival da Água na capital do Camboja, Phnom Penh, é um dos eventos mais importantes do ano para os cambojanos.
Uma grande multidão se reuniu em uma ilha perto da capital para as celebrações.
Ano novo
Testemunhas dizem que o tumulto começou quando dez pessoas teriam desmaiado na multidão.
O incidente ocorreu após um concerto que se seguiu a uma corrida de barcos no rio Tonle Sap. considerada o ponto alto do evento.
O tumulto aconteceu em uma ponte lotada que liga Phnom Penh à ilha. Segundo relatos de testemunhas, muitas pessoas foram esmagadas e outras caíram na água e se afogaram.
Era possível ver uma grande quantidade de corpos no local.
Sean Ngu, um australiano que está em visita ao Camboja, estava a 30 metros da ponte quando ocorreu a tragédia. Segundo relatou à BBC, havia muitas pessoas na ponte, e em ambas as extremidades havia empurra-empurra.
“O pânico começou, e ao menos 50 pessoas pularam no rio. Algumas pessoas tentaram escalar a ponte, agarrando e puxando cabos (elétricos) que se soltaram. Os choques elétricos causaram mais mortes”, disse.
O Festival da Água marca as celebrações do ano novo em alguns países do Sudeste Asiático. Participantes jogam água livremente uns nos outros, como um ato de renovação.
Autoridades calculam que pelo menos 2 milhões de pessoas visitaram a capital, vindas de Províncias rurais para os três dias de festival.
O correspondente da BBC em Phnom Penh, Guy De Launey, diz que os limitados serviços de emergência da capital estão tendo dificuldade para socorrer os feridos.
De Launey diz também que este é o pior incidente do festival desde que voltou a ser celebrado no Camboja, após décadas de guerra.
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