Difícil imaginar o que está passando pela cabeça de Bruno, Leandro Amaro, Rivaldo e companhia.
Afinal, quis a tabela deste Campeonato Brasileiro que as chances de título do Corinthians fossem parar nas mãos do Palmeiras.
O time B -ou misto, há mistério na escalação- de Luiz Felipe Scolari enfrentará o Fluminense neste domingo, em Barueri, entre a cruz e a espada.
Eduardo Anizelli/Folhapress
Jogadores do Palmeiras em clima de tristeza após eliminação da Sul-Americana
Por mais que os atletas preguem o discurso de "honra e profissionalismo'', é provável que haja um nó na cabeça de cada palmeirense.
Pois se dependesse de parte da torcida alviverde (talvez a maior parte dela), o Palmeiras entraria em campo para perder e, consequentemente, evitar que o Corinthians assuma a liderança do torneio.
Há, inclusive, ameaças veladas e protestos organizados para uma eventual vitória do Palmeiras. Depois da vexatória eliminação ante o Goiás, quarta-feira, ajudar o rival Corinthians causaria a ira de sua torcida.
Por outro lado, cada um dos jogadores que entrarão em campo amanhã sabem que estas duas últimas rodadas do Nacional são a chance de conquistar um espaço no time de Scolari de 2011.
Pois a diretoria já anunciou que haverá corte, e o treinador está avaliando cada um dos jogadores para a próxima temporada.
Imagine a cabeça de jogadores como Fernando e Jean, que há pouco subiram da base palmeirense e farão apenas seu segundo e terceiro jogos, respectivamente.
Agradar à torcida ou encher os olhos de Scolari?
"O pessoal que vem disputando o Brasileiro veio do sub-20, do Palmeiras B, estão dispostos, correndo uma barbaridade, querendo mostrar futebol. E eles vão mostrar futebol'', disse Antônio Carlos Corcione, assessor especial da presidência.
Ao Corinthians resta ganhar do Vasco e torcer para o Palmeiras. Mas é uma tarefa difícil, como disse o próprio diretor de futebol palmeirense, Wlademir Perscarmona.
"Quando a torcida quer que a gente ganhe, a gente não ganha'', brinca.
Ou seja: o Palmeiras não conseguiu vencer o Goiás em casa. Difícil imaginar que o time misto, com jogadores inexperientes, conseguiria bater o líder Fluminense em um jogo tão politicamente complicado nos bastidores.
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