Ele foi um dos grandes jogadores da última rodada do Campeonato Brasileiro. Canhoto, comandou o seu time no campo, deu passes precisos, marcou um golaço e ainda mostrou muita vontade, ajudando muito na defesa. Em muitos lances, ele funcionou como um volante fazendo várias coberturas ao avanço do lateral.
Lendo a descrição acima, você pensa que eu estou falando do argentino Conca ---que é disparado o melhor jogador em atividade no Brasil. Na verdade, eu descrevo a excelente atuação do meia Roger, do Cruzeiro, contra o Vasco.
Uma pena que o jogador, revelado pelo Fluminense, não consegue ter uma sequência de jogos boa. Roger pode ter jogado muito no último jogo, mas pelo o histórico de sua carreira é bem provável que na próxima partida ele tenha uma atuação pífia e nem vai ser notado em campo.
Infelizmente, Roger nunca conseguiu ter o sucesso na carreira para um jogador com tanto talento. Não falo do lado financeiro --ele sempre fez bons contratos-- comento que com sua habilidade, o meia tinha a obrigação de estar sempre entre os convocados para a seleção, jogar nos principais times da Europa, ou no mínimo conseguir se firmar como ídolo num grande time brasileiro.
Roger perdeu muitas oportunidades por não ser profissional em muitas oportunidades e várias vezes ele preferiu ser uma celebridade que ser jogador de futebol.
Falei de Roger, mas temos no atual Campeonato Brasileiro uma geração de jogadores de muito talento que desperdiçam todo esse potencial. Se tivessem um pouco mais de maturidade e orientação conseguiram muito mais destaque, pois no nosso futebol faltam bons jogadores. Por isso, ficamos encantados e chamamos de craques com os argentinos, como o já citado Conca (Fluminense), Montillo (Cruzeiro) e D´Alessandro (Inter), jogadores que nunca tiveram tanto destaque atuando no futebol da Argentina.
Na lista de jogadores que estão desperdiçando sua técnica coloco Carlos Alberto, do Vasco. Ele tem --ou tinha-- tudo para ser unanimidade. Tem um bom porte atlético, é muito habilidoso e finaliza muito bem. Mas ele não consegue --e não faz muita força-- de acabar com a imagem do jogador que não se esforça muito em treinos, que passa muito tempo no departamento médico e perde muito fácil a cabeça quando entra em campo.
O jovem Carlos Alberto ainda pode ter uma carreira de sucesso, inclusive disputar uma Copa do Mundo, mas seu companheiro de clube, Felipe é outro exemplo de jogador que tinha tudo para ficar marcado na história do nosso futebol, mas que em pouco tempo vai ser lembrado com um lateral esquerdo que se transformou em meia e nada mais do que isso.
Também não posso deixar de citar o atacante Jóbson, do Botafogo. Aqui o problema é mais grave, pois ele tem um sério problema pessoal. O jogador teve a chance única de ter uma segunda oportunidade na carreira, mas, mesmo com o total apoio do clube e do técnico Joel Santana, não consegue se acertar. Uma pena, pois os problemas longe do gramado podem acabar com a carreira de um atacante rápido e habilidoso --características difíceis de encontrar nos nossos avantes atualmente.
No futebol, o talento vai sempre fazer a diferença, mas se o habilidoso não for inteligente para usar a sua habilidade --ser profissional também ajuda-- vai perder espaço.
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