Para a Polícia Militar, a onda de arrastões é uma ação orquestrada para desacreditar a política de segurança pública
Rio de Janeiro. Desde o fim de semana o Rio de Janeiro vem sofrendo uma série de ataques criminosos. E nesta quinta-feira, a cidade presenciou um dos dias mais violentos, sendo necessário o uso de tanques blindados da Marinha para transpor as barreiras colocadas pelos traficantes na entrada das favelas e o uso ostensivo dos homens do Bope para conter os ataque.
Na última segunda-feira (22), o governador do Rio, Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, ligaram a série de ataques à política de ocupação de favelas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e à transferência de presos para presídios federais. Beltrame não descartou novos ataques dos traficantes e afirmou que o Rio não mudará a política de segurança pública.
Para o comandante-geral da Polícia Militar do Rio, a onda de arrastões e de veículos incendiados na cidade é uma ação orquestrada por uma única facção criminosa com objetivo de causar medo na população e de desacreditar a política de segurança pública do Estado. Ele não citou o nome, mas se referia ao Comando Vermelho.
Para tentar conter a articulação de líderes de facções criminosas, Beltrame pediu na terça-feira ao Tribunal de Justiça a transferência de presos perigoso para presídios federais.
Ajuda federal
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, assinou na noite de ontem uma autorização que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao governo do Rio nas operações de combate à onda de ataques que ocorre no Estado. De acordo com nota divulgada pelo ministério, a Operação de Garantia da Lei e da Ordem foi solicitada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serão enviados 800 homens do Exército, para garantir a proteção dos perímetros das áreas que forem ocupadas pela polícia. Também serão enviados dois helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados de transporte. Serão fornecidos, ainda, equipamentos de comunicação entre aeronaves e tropas em solo e óculos para visão noturna.
Jogos
O prefeito Eduardo Paes e o Ministro do Turismo, Luiz Barreto, negaram que os ataques no Rio possam prejudicar a realização da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 na cidade. "Olimpíadas e Copa são grandes eventos e nós temos o apoio e a confiança do presidente da CBF, da Fifa, do COB e do COI. Todos sabem que o Rio vai fazer um grande evento" disse Paes.
Reforço
800 militares serão enviados pera o Rio de Janeiro para auxiliar a polícia local no combate à violência da capital fluminense, informou o Ministério da Defesa.
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