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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Rio de Janeiro famosos prestam solidariedade e cobram governo sobre violência

25 de novembro - Carro incendiado na avenida Brasil é rebocado. Foto: Reinaldo Marques/Terra

Carro incendiado na Avenida Brasil em um dos vários ataques ocorridos no Rio desde domingo
Foto: Reinaldo Marques/Terra

Vários artistas postaram mensagens de solidariedade e indignação no Twitter por conta da crise instalada no Rio de Janeiro. Quem mora na cidade falou da apreensão que sente desde domingo, quando começaram os ataques. "Nunca senti tanto medo e tensão pra chegar em casa. Clima pesado nas ruas. O pior foi ver muitas crianças saindo das escolas e a fragilidade", disse o ator Cássio Reis, que é pai do menino Noah, que em dezembro completará 3 anos. A cantora Rita Lee, que nasceu em São Paulo e em 2007 recebeu o título de cidadã carioca, também se manifestou: "fico aflita com o que acontece no Rio, sou cidadã carioca e sofro com essa loucura".

O jogador Ronaldo, do Corinthians, disse estar triste com a situação e deixou mensagem de afeto à população diretamente envolvida: "como é triste ver o Rio de Janeiro assim... meus sentimentos às famílias que estão sofrendo com a violência". Mesmo sem usar hashtags, Ronaldo se uniu ao coro de tuiteiros que pedem a paz de volta à capital fluminense. "Toda minha torcida para ver a calma de volta ao Rio", concluiu.

Felipe Andreoli, repórter do programa CQC, da Band, também denominou a onda de violência como triste e desejou que "um dia a situação se resolva e que não confundam ladrão com pobre e inocente".

A cantora Pitty comentou sobre as imagens de moradores de favela pedindo paz de dentro de suas casas. "Pessoas sacudindo bandeiras brancas nas janelas do Complexo do Alemão agora na TV, todos ao mesmo tempo. Fiquei mal", postou.

Cobrança
As mensagens, no entanto, não foram somente de solidariedade. O novelista Aguinaldo Silva cobrou as autoridades do País. "Cadê o Governo Federal que não se manifesta? Afinal, Sérgio Cabral (o governador do Estado) não era um dos seus principais aliados?", questionou.

Outros tantos disseram na rede de microblogs que apenas a ação da polícia não é suficiente para resolver o problema. "No lugar de subir a polícia no morro, tinham que subir educadores, sociólogos. A transformação não se faz na bala. O buraco é mais embaixo", escreveu o repóter e ator Felipe Solari.

O humorista, roteirista e ator Bruno Mazzeo disse ser difícil tecer comentários em um espaço tão limitado como o que o Twitter oferece, mas, mesmo assim, deixou algumas linhas. "Culpar 'maconheiros' é tolice. O buraco é bem mais embaixo. Vai de corrupção nos altos escalões à educação".

A cantora e jurada de programa de TV Paula Lima, também nascida em São Paulo, foi mais uma a pedir por mais educação. "Aprendi a amar demais o Rio! Qual a solução par tamanha tragédia além de educação, educação, educação?! Se poucos olhassem menos para o próprio umbigo...", postou.

Violência
Os ataques tiveram início na tarde de domingo, dia 21, quando seis homens armados com fuzis abordaram três veículos por volta das 13h na Linha Vermelha, na altura da rodovia Washington Luis. Eles assaltaram os donos dos veículos e incendiaram dois destes carros, abandonando o terceiro. Enquanto fugia, o grupo atacou um carro oficial do Comando da Aeronáutica (Comaer) que andava em velocidade reduzida devido a uma pane mecânica. A quadrilha chegou a arremessar uma granada contra o utilitário Doblò. O ocupante do veículo, o sargento da Aeronáutica Renato Fernandes da Silva, conseguiu escapar ileso. A partir de então, os ataques se multiplicaram.

Na segunda-feira, cartas divulgadas pela imprensa levantaram a hipótese de que o ataque teria sido orquestrado por líderes de facções criminosas que estão no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. O governo do Rio afirmou que há informações dos serviços de inteligência que levam a crer no plano de ataque, mas que não há nada confirmado. Na terça, a polícia anunciou que todo o efetivo foi colocado nas ruas para combater os ataques e foi pedido o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) para fiscalizar as estradas. Foram registrados 12 presos, três detidos e três mortos.

Na quarta-feira, com o policiamento reforçado e as operações nas favelas, 15 pessoas morreram em confronto com os agentes de segurança, 31 foram presas e dois policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) se feriram, no dia mais violento até então. Entre as vítimas dos confrontos, está uma adolescente de 14 anos, que morreu após ser baleada nas costas. Além disso, 15 carros, duas vans, sete ônibus e um caminhão foram queimados no Estado.

Ainda na quarta-feira, o governo do Estado transferiu oito presidiários do Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio, para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Eles são acusados de liderar a onda de ataques. Outra medida para tentar conter a violência foi anunciada pelo Ministério da Defesa: o Rio terá o apoio logístico da Marinha para reforçar as ações de combate aos criminosos. Até quarta-feira, 23 pessoas foram mortas, 159 foram presas ou detidas e 37 veículos foram incendiados no Estado



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