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sábado, 20 de novembro de 2010

Otan entregará segurança às autoridades afegãs até fim de 2014

Chefe da Otan disse que órgão não abandonará luta contra o Talibã.
Presidente dos EUA pretende iniciar a retirada de tropas em julho de 2011.

A Otan anunciou neste sábado (20) que entregará a segurança do Afeganistão às forças locais até o final de 2014, mas o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) disse que o órgão não abandonará o país em sua luta contra o Talibã.

Abrindo o segundo dia de um encontro do qual participam os 48 países com atuação nos combates no Afeganistão e o presidente afegão, Hamid Karzai, o secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, afirmou que a aliança militar começará a entregar a segurança para as autoridades afegãs no próximo ano e espera encerrar o processo até o final de 2014. 'O dia de hoje marca o início de uma nova fase em nossa missão no Afeganistão. Lançaremos o processo pelo qual o governo afegão assumirá a liderança na segurança em todo o país, distrito por distrito', disse Rasmussen. 'Se os inimigos do Afeganistão têm a ideia de que eles apenas precisam esperar que saiamos, eles estão enganados. Ficaremos o tempo que for preciso para finalizar o nosso trabalho.'

A Otan também vai se reunir com o presidente russo, Dmitry Medvedev, durante o encontro, e discutirá a ajuda russa no conflito e o escudo antimísseis da aliança.

Abertura da sessão sobre Afeganistão da Otan, em Lisboa, neste sábado (20)

Abertura da sessão sobre Afeganistão da Otan, em Lisboa, neste sábado (20) (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

Karzai, que tem um relacionamento cada vez mais turbulento com os Estados Unidos e com o comandante norte-americano da Otan no Afeganistão, general David Petraeus, estabeleceu 2014 como a data limite para as forças afegãs terem responsabilidade total sobre a segurança no país.

O presidente dos EUA, Barack Obama, que enviou mais 30 mil soldados ao país no ano passado para tentar suprimir a insurgência liderada pelo Talibã, pretende iniciar a retirada de tropas em julho de 2011 e apoia a meta de fim dos combates dentro de quatro anos. Ele também apoia os esforços para reconciliação com o Talibã.

Rasmussen afirmou que a nova estratégia não significa que todos os 150 mil soldados estrangeiros no Afeganistão deixarão o país no prazo de 2014. 'Que não haja dúvidas sobre nosso contínuo compromisso. A luta do Afeganistão contra o terrorismo é de importância estratégica e global', afirmou Rasmussen, que é ex-primeiro-ministro da Dinamarca. 'É por isso que todos acertamos aqui hoje uma parceria de longo prazo entre a Otan e o Afeganistão, que durará além do fim de nossa missão de combate.'

A intervenção no Afeganistão, liderada pelos EUA, começou após os ataques de 11 de setembro de 2001. Os Estados Unidos e seus aliados invadiram ao país para derrubar o Talibã, que estava no poder e se recusou a entregar o líder da rede al-Qaeda, Osama Bin Laden.

Presidente afegão, Hamid Karzai, durante entrevista para a imprensa em Lisboa, neste sábado (20)

Presidente afegão, Hamid Karzai, durante entrevista para a imprensa em Lisboa, neste sábado (20) (Foto: AFP)

Agora, em seu décimo aniversário, a guerra se tornou um problema político para Obama. Mais de 2.200 soldados estrangeiros foram mortos, e a taxa de óbitos está crescendo.

A estratégia de retirada depende de esforços para incrementar as forças afegãs, para que elas possam conter a insurgência. A meta é chegar a mais de 300 mil homens até o final de 2011. Mas esse objetivo tem sido dificultado pelas taxas de deserção, e o governo afegão é amplamente visto como muito corrupto, instável e inapto para se manter por muito tempo sem o apoio militar externo.

A Rússia, que lutou uma guerra no Afeganistão de 1979 a 1989, antes de se retirar derrotada, deve permitir que equipamentos entrem em seu território e ajudar com a provisão de helicópteros especializados.

A Otan, fundada após a 2ª Guerra Mundial como uma proteção contra a crescente ameaça que significava a União Soviética, permanecerá aberta a novos membros. A Geórgia e a Ucrânia, ex-Repúblicas soviéticas, estão na luta para se juntar à aliança nos próximos anos.



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