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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mais dois carros e um ônibus são incendiados na madrugada desta quarta no Rio de Janeiro

Bandidos já atearam fogo em seis carros e três ônibus desde a noite desta terça

Mais dois carros foram incendiados na madrugada desta quarta-feira (24) em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. Segundo a Polícia Militar, os crimes aconteceram nos bairros Pita e Porto da Pedra, onde as chamas do veículo foram apagadas por moradores do local.

Já em Japeri, na Baixada Fluminense, três homens invadiram um ônibus que fazia a linha Japeri – Nova Iguaçu, pediram aos passageiros que deixassem o veículo, o atravessaram na pista lateral da rodovia Presidente Dutra e atearam fogo. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, ninguém ficou ferido e nenhum pertence foi levado dos passageiros. Bombeiros da região controlaram as chamas.

Com esses ataques, chega a seis o número de carros queimados desde a noite desta terça-feira (23) e a três os ônibus incendiados.

Segundo o Corpo de Bombeiros de Niterói, bandidos atearam fogo em três carros nos bairros do Fonseca (dois) e São Lourenço (um). Já no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, criminosos incendiaram dois ônibus no bairro Jardim Redentor. Um outro veículo foi queimado no bairro parque Lafaiete, em Duque de Caxias, também na Baixada.

As primeiras informações dão conta de que quatro homens, que estavam a pé, atiraram uma bomba de fabricação caseira em um dos carros incendiados em Niterói e depois fugiram. Os ônibus incendiados faziam as linhas Paque São José - Praça Mauá e Jardim Redentor - Praça Mauá. Não há informações sobre feridos.

No fim da noite desta terça, um carro foi incendiado na avenida Paulo de Frontin, no Rio Comprido, zona norte da cidade, e uma cabine da PM foi atacada a tiros em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.

Veja as imagens da onda de violência no Rio

Transferência de presos

O secretário José Mariano Beltrame solicitou à Justiça a transferência de oito presos do Rio de Janeiro para presídios federais em outros Estados. O pedido é mais uma reação do governo estadual aos ataques iniciados no sábado (20).

Beltrame afirmou que quem "atravessar o caminho" da atual política de segurança do governo "será atropelado". Os nomes dos presos a serem transferidos serão divulgados somente após autorização da Justiça para enviá-los para outros Estados.

Escolas sem aula
A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro informou que na tarde de terça-feira 7.320 alunos, em dez escolas, ficaram sem aulas por conta de operações policiais e ataques de criminosos em vários pontos da capital.
Ficaram fechadas três escolas localizadas na Penha, seis escolas em Olaria e uma escola em Manguinhos. Também em Manguinhos, duas escolas e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) funcionaram com poucos alunos.

Balanço da PM

Durante as operações desta terça-feira, a Polícia Militar prendeu oito pessoas e deteve duas. Outras duas pessoas morreram ao longo do dia. Foram apreendidos um fuzil, duas pistolas, 50 kg de cocaína e 2.287 porções de cocaína. A polícia também recuperou um carro e apreendeu quatro litros de gasolina e uma garrafa de coquetel molotov (explosivo artesanal). Segundo a PM, as ações acontecem em 18 comunidades e vão continuar por tempo indeterminado.

Desde a madrugada desta terça-feira, pelo menos duas pessoas foram mortas, duas pistolas apreendidas, assim como drogas, entre elas maconha cocaína e crack, no complexo de Manguinhos e na Cidade Alta. Na Vila Cruzeiro, na Penha, um intenso tiroteio assustou moradores na manhã desta terça.

Operação Fecha Quartel

A operação Fecha Quartel conta com apoio de 1.200 policiais que são da área administrativa, mas foram colocados nas ruas para reforçar o policiamento. Outra medida adotada foi um centro de inteligência montado no Batalhão da Maré para coordenar as ações de segurança.
Reforço nas rodovias
O policiamento das rodovias federais também deve ser reforçado. A pedido do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), o presidente Lula determinou que o Ministério da Justiça aumente o efetivo da PRF (Polícia Rodoviária Federal) nas estradas federais que cortam o Estado. O órgão informou que o número de policiais pode triplicar no Rio.

Terror começou no fim de semana

Desde a noite de sábado (20), a população do Rio vive um clima de terror com as constantes ameaças impostas por bandidos, que queimaram carros em diversos pontos da cidade e atiraram contra duas cabines da PM.

A série de crimes do fim de semana começou por volta das 23h15 de sábado, na rodovia BR-116 (Rio-Magé), na altura de Duque de Caxias, Baixada Fluminense. Durante uma tentativa de arrastão, um homem, que não conseguiu frear e bateu no carro dos bandidos, levou um tiro de fuzil e morreu. A família da vítima presenciou tudo.

No dia seguinte, dois veículos foram incendiados na linha Vermelha, na altura de Duque de Caxias. A Polícia Militar informou que seis homens armados com fuzis fecharam a pista sentido Centro, mandaram os motoristas e passageiros descerem e atearam fogo em um Fox e um Prisma.

Segundo o BPRV (Batalhão de Polícia Rodoviária), os criminosos ainda dispararam tiros e jogaram uma granada contra um carro da Aeronáutica que passava pelo local. O artefato explodiu, mas ninguém ficou ferido.

A ação dos bandidos não parou por aí. Na zona sul, dois outros crimes assustaram os motoristas. Em Laranjeiras, quatro bandidos assaltaram uma pessoa que estava em um carro na rua Presidente Carlos de Campos. Na rua Bogari, na Lagoa, pelo menos três veículos foram assaltados. Em ambos os casos, as vítimas tiveram pertences e dinheiro roubados.

Na rodovia presidente Dutra, um outro veículo foi assaltado e o motorista, um homem de 26 anos, baleado de raspão na cabeça. Guilherme Feitosa da Silva foi levado para o hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Saracuruna, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde do Rio, a vítima está em estado grave.

Na noite de segunda (22), os bandidos voltaram a atuar na Via Dutra. Dois carros foram incendiados na pista de descida da rodovia, na altura da Pavuna, no subúrbio da cidade. Muitos motoristas, assustados, voltaram na contramão. Uma van e dois veículos também foram queimados no Trevo das Margaridas, em Irajá, na zona norte.

Na madrugada desta terça (23), pelo menos outros três carros foram incendiados na cidade, um no bairro do Estácio, região central, outro na Tijuca, na zona norte, e o último na praça da Bandeira, na zona norte. A polícia também prendeu três suspeitos, entre eles dois adolescentes, de participar da onda de violência, no bairro de Copacabana, na zona sul. Eles foram surpreendidos com bombas de fabricação caseira.

Origem dos ataques

A polícia tem informações de que uma suposta reunião ocorrida no último domingo (21) na favela da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, pode ter selado um pacto entre as duas principais facções criminosas do Rio de Janeiro e que desencadeou a sucessiva onda de ataques.
Segundo fontes da polícia, além de criminosos da própria Rocinha, participaram do encontro traficantes dos morros dos Macacos, em Vila Isabel, na zona norte, e do São Carlos, na zona central, além de bandidos do complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, também na zona norte.
A suposta aliança teria como objetivo enfrentar a política de segurança do governo estadual, principalmente a expansão das Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Além de perder territórios, os bandidos estão amargando prejuízos.
Policiais afirmam que o traficante Marcinho VP, preso na penitenciária federal de Catanduvas (PR) e líder da facção que atua no complexo do Alemão, transmitiu ordens para seus subordinados realizarem ataques na cidade e agirem com extrema violência. De acordo com informações que chegaram à polícia, a orientação é atirar se houver reação das vítimas.

Secretário de Segurança culpa facção e diz que não há como evitar ataques

Na segunda-feira (22), o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse, em Brasília, que não há como evitar a ação de criminosos nas ruas. Segundo ele, seria um blefe do Estado dizer que a polícia irá coibir atentados e arrastões como os que vêm ocorrendo na cidade. Desde o fim de semana até a manhã de segunda-feira foram seis ataques.

- Não tem como garantir isso (evitar os ataques). Quem garantir isso é um blefe. O que nós temos que fazer é buscar antecipar isso e buscar os autores.

Para Beltrame, a série de arrastões ocorridos no último fim de semana na capital fluminense partiu de uma "pequena parte" de uma facção criminosa, com domínios sobre presídios do Estado. Já o governador Sérgio Cabral (PMDB) disse que as ações são uma retaliação à política de segurança pública do Estado.



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