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domingo, 28 de novembro de 2010

Denúncias de moradores levaram à prisão do assassino de Tim Lopes no Rio

Denúncias de moradores do Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, levaram a polícia militar aprender o traficante Eliseu Felício de Souza, o Zeu, um dos acusados pela morte do jornalista Tim Lopes.

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Segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, Zeu será levado para a 21ª DP (Bonsucesso) e, posteriormente, para um presídio. "Somente a secretaria de Segurança Pública pode dizer o destino dele", disse Garcia.

Zeu estava escondido em uma casa abandonada, no alto do morro, e não portava armas ou drogas. De acordo com o coronel, o criminoso foi reconhecido por moradores, que avisaram à polícia sobre a sua presença. Ele chegou a resistir à prisão, mas os agentes conseguiram convencê-lo a se entregar. Ele foi apresentado por volta das 16h30 deste domingo no 16 Batalhão da PM, em Olaria.

"É uma honra para a PM ter prendido esse elemento. O tráfico agora está completamente sem força", afirmou Garcia.

A operação policial no Complexo do Alemão pode durar meses, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte. "Desde o começo dissemos que não resolveriamos tudo no mesmo dia. Temos um trabalho muito longo pela frente. Estamos verificando todas as possibilidades de encontrar pessoal e material. Nós precisamos checar tudo e agora é hora de fazer isso".

Jefferson Bernardes/AFP

Policiais em operação neste domingo no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio

Policiais em operação neste domingo no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio

ASSASSINATO

Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro, depois de ser reconhecido e capturado por traficantes ligados a Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, quando fazia reportagem sobre um baile funk onde haveria consumo de drogas e sexo explícito.

O jornalista foi levado para o morro da Grota, também no complexo do Alemão, onde foi esquartejado e queimado em pneus --método conhecido como "micro-ondas" e usado para apagar vestígios da morte.

Zeu foi acusado de ser o responsável por queimar o corpo do jornalista. Condenado pela Justiça, ele estava foragido desde julho de 2007, quando obteve permissão para visitar a família e fugiu da prisão.

Em agosto deste ano, o Disque Denúncia do Rio ofereceu uma recompensa de R$ 10 milpor informações que levassem à captura do criminoso.



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