Denúncias de moradores do Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, levaram a polícia militar aprender o traficante Eliseu Felício de Souza, o Zeu, um dos acusados pela morte do jornalista Tim Lopes.
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Segundo o chefe do Estado-Maior da PM, coronel Álvaro Garcia, Zeu será levado para a 21ª DP (Bonsucesso) e, posteriormente, para um presídio. "Somente a secretaria de Segurança Pública pode dizer o destino dele", disse Garcia.
Zeu estava escondido em uma casa abandonada, no alto do morro, e não portava armas ou drogas. De acordo com o coronel, o criminoso foi reconhecido por moradores, que avisaram à polícia sobre a sua presença. Ele chegou a resistir à prisão, mas os agentes conseguiram convencê-lo a se entregar. Ele foi apresentado por volta das 16h30 deste domingo no 16 Batalhão da PM, em Olaria.
"É uma honra para a PM ter prendido esse elemento. O tráfico agora está completamente sem força", afirmou Garcia.
A operação policial no Complexo do Alemão pode durar meses, de acordo com o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte. "Desde o começo dissemos que não resolveriamos tudo no mesmo dia. Temos um trabalho muito longo pela frente. Estamos verificando todas as possibilidades de encontrar pessoal e material. Nós precisamos checar tudo e agora é hora de fazer isso".
Jefferson Bernardes/AFP
Policiais em operação neste domingo no Complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio
ASSASSINATO
Tim Lopes desapareceu em 2 de junho de 2002 na Vila Cruzeiro, depois de ser reconhecido e capturado por traficantes ligados a Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, quando fazia reportagem sobre um baile funk onde haveria consumo de drogas e sexo explícito.
O jornalista foi levado para o morro da Grota, também no complexo do Alemão, onde foi esquartejado e queimado em pneus --método conhecido como "micro-ondas" e usado para apagar vestígios da morte.
Zeu foi acusado de ser o responsável por queimar o corpo do jornalista. Condenado pela Justiça, ele estava foragido desde julho de 2007, quando obteve permissão para visitar a família e fugiu da prisão.
Em agosto deste ano, o Disque Denúncia do Rio ofereceu uma recompensa de R$ 10 milpor informações que levassem à captura do criminoso.
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