Ao chegar para a abertura do 2º Fórum Rio Cidade, em Copacabana, o governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que acertou com o Ministério da Defesa a permanência das Forças Armadas nos complexos de favelas do Alemão e da Penha de três a sete meses. Militares do Exército ficarão até que sejam instaladas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) na região.
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Cabral afirmou que o acordo ainda é verbal, mas que as questões técnicas serão resolvidas e um documento, assinado.
Com o apoio das Forças Armadas, a polícia ocupou o Complexo do Alemão praticamente sem resistência dos traficantes na manhã de domingo (28), após uma série de atentados ocorridos na cidade desde o dia 21, com 106 veículos queimados. Na quinta-feira, policiais já tinham entrado na Vila Cruzeiro, favela vizinha ao complexo.
Joel Silva-27.nov.10/Folhapress | ||
Soldados do Exército cercam entrada do morro do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro; veja mais imagens |
Após a ocupação, o secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, afirmou em entrevista coletiva que a polícia vai permanecer ocupando o Complexo do Alemão, 'o coração do mal' em suas palavras.
Ele disse também que a ocupação policial irá se estender às favelas da Rocinha e do Vidigal, para onde traficantes podem ter fugido, segundo rumores. Beltrame não especificou quantos homens ficarão nas favelas do Alemão nem quando as outras duas comunidades poderiam vir a ser ocupadas.
A secretaria divulgou uma estimativa de que 20 pessoas foram presas no domingo, com a utilização de 2.700 homens das polícias Militar e Civil, além das Forças Armadas.
O balanço parcial também aponta que foram apreendidos de 50 fuzis e 40 toneladas de maconha. Não foi divulgado o número de mortos e a quantidade de cocaína apreendida.
Até as 13h de domingo, havia o registro de pelo menos 50 pessoas mortas na onda de violência que começou há uma semana. Deste total, foram 36 mortes de suspeitos registradas pela PM, 7 mortes registrados pela Polícia Civil e 7 registradas pelos hospitais públicos do Rio.
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