A "luz no fim do túnel" no imbróglio da Irlanda contribuiu para que os investidores voltassem às compras na rodada de negócios desta quinta-feira. A recuperação das Bolsas asiáticas e europeias desanuviou o ambiente, em meio às expectativas de que o país realmente feche um acordo para receber ajuda financeira do bloco europeu. A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) voltou a oscilar na marca dos 70 mil pontos, e já acumula um ganho modesto (0,15%) no acumulado deste mês.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, subiu 1,54% no fechamento, aos 70.781 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,52 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York ainda não encerrou suas operações --o índice Dow Jones avança 1,60%.
"O mercado está considerando que é apenas uma questão de dias para que saia um acordo entre Irlanda e a União Europeia. Mas eu acho que nós temos ficar muito de olho. Esse pacote não poder ser de 50 ou 60 bilhões [de euros], tem que ser de 100 bilhões, como as estimativas têm indicado. Senão, a gente corre o risco de ver os mesmos problemas lá na frente. Para mim, se vier um número muito abaixo desse valor, o mercado não vai gostar", comenta Mitsuko Kaduoka, analista da Indusval Corretora.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,716, em queda de 0,57%. A taxa de risco-paísmarca 174 pontos, número 0,57% abaixo da pontuação anterior.
Entre as notícias mais importantes do dia, o Departamento de Trabalho dos EUA reportou um aumento de 2 mil registros na cifra total de pedidos iniciais de auxílio-desemprego. A expansão ficou acima do previsto por analistas do setor financeiro.
Ainda nos EUA, o instituto privado Conference Board divulgou seu Índice de Indicadores Antecedentes, um compósito de indicadores econômicos, que apontou um crescimento de 0,5% em outubro (dentro das expectativas do mercado). O índice busca refletir tendências da economia.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgou estimativas em que aponta um crescimento de 7,5% para o PIB (Produto Interno Bruto) neste ano.
A Grécia anunciou hoje um plano de austeridade das contas públicas, em que prevê cortes nos gastos com saúde, aumentos de impostos e reestruturação das empresas públicas, em uma proposta que excede as exigências da União Europeia.
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