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sábado, 23 de junho de 2012

Indonésia anuncia que brasileiro preso será fuzilado em julho

Marco Archer foi preso em 2003, quando tentava entrar no país com 13,7 quilos de cocaína


Marco Archer foi preso em 2003, quando tentava entrar no país com13,7 quilos de cocaína
Foto: Reuters 08/06/2004

Marco Archer foi preso em 2003, quando tentava entrar no país com13,7 quilos de cocaína Reuters 08/06/2004

RIO - A Indonésia anunciou que o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 50 anos, - condenado à morte no país por tráfico de drogas - será morto por fuzilamento no início de julho. O anúncio foi feito na quarta-feira pelo procurador Andi DJ Konggoasa em entrevista ao jornal "Jarkata Post". Mais dois estrangeiros serão executados no país em julho. Segundo o procurador, os condenados "tomaram todas os tipos de medidas legais para reduzir a sentença", mas estas não tiveram sucesso.

De acordo com o jornal indonésio, em seu pedido final, Marco quis uma garrafa de uísque. Os outros dois estrangeiros que serão mortos são o maluiano Namaona Dennis e o paquistanês Muhammad Abdul Hafeez, presos por tráfico de heroína em 2001. Dennis e Hafeez escolheram um encontro com suas famílias.

Carioca de Ipanema, o instrutor de asa delta Marco Archer foi preso em agosto de 2003, quando tentava entrar na Indonésia levando 13,7 quilos de cocaína distribuídos em 19 sacos plásticos escondidos dentro de um equipamento de voo livre. A droga foi descoberta quando a bagagem dele passava pelo aparelho de raios X do aeroporto Soekarno-Hatta, em Jacarta. Archer ainda conseguiu fugir do aeroporto e se esconder, mas foi capturado 16 dias depois na ilha de Sumbawa. Marco confessou ter recebido a cocaína em Lima, no Peru. Disse também que a droga seria repassada para traficantes da Austrália.

Segundo o procurador do caso, Andi Konggasa, os acusados tiveram os direitos de defesa respeitados.

- Eles assumiram todos os tipos de esforços legais para reduzir a sentença, a partir de admissão dos recursos e pedidos de revisão de caso com a Suprema Corte para pedir um perdão presidencial, mas não adiantou.

Na época, sua mãe, Carolina Archer Pinto, de 65 anos, disse que o filho precisava do dinheiro para pagar a dívida de uma cirurgia feita em Cingapura após um acidente sofrido na ilha de Bali, em 1997. Carolina morreu antes de saber a condenação definitiva do filho.

Outro brasileiro também aguarda execução na Indonésia. O surfista Rodrigo Gularte foi preso em 2004 com seis quilos de cocaína dentro de pranchas de surfe.

Governo brasileiro trata caso com discrição

O governo brasileiro trata com toda discrição possível, sem alarde, o caso de Marco Archer. O Ministério das Relações Exteriores evita tratar publicamente do assunto. O Itamaraty informou apenas que o governo está ciente do assunto, está cuidando do caso e adotando as providências possíveis.

Em março de 2005 e em janeiro de 2006, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu clemência ao presidente da Indonésia, Susilo Yudhoyono, que está no Brasil para participar da Rio+20. Solicitação semelhante foi feita também ao Judiciário. Todas as comunicações enfatizaram que, embora fosse reconhecida a gravidade do crime pelo qual Marco Archer estava sendo processado, a pena de morte não existe no Direito brasileiro. “Sua aplicação a um compatriota causaria enorme consternação na opinião pública nacional”, disse o Itamaraty.



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