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domingo, 20 de fevereiro de 2011

A primeira vez de Ronaldo: treinador, companheiro de ataque, convocação...

Esporte Espetacular' conversa com o primeiro técnico do Fenômeno, com a dupla de ataque número 1, relembra primeira amarelinha e Copa do Mundo-94

Por GLOBOESPORTE.COMRio de Janeiro

O primeiro passo. A primeira palavra. O primeiro chute. O primeiro título. Se é mesmo verdade que a primeira vez a gente nunca esquece, Ronaldo tem muitas coisas para lembrar. Na semana em que o Fenômeno anunciou a aposentadoria, o "Esporte Espetacular" correu atrás dos momentos e personagens marcantes na vida do camisa 9. A começar pelo nome. O craque se chama Ronaldo em homenagem a um médico, amigo da família Nazário, que levou a mãe, dona Sônia, e o pai, seu Nélio, para o hospital momentos antes do parto. Como se chamava o doutor? Ronaldo Valente. Portanto, está batizado!

O primeiro treinador no campo

frame ROBERTO GAGLIANONE (Foto: Reprodução/TV Globo)Roberto Gaglianone mostra fotos e documentos do
craque no São Cristóvão(Foto: Reprodução/TV Globo)

Ainda criança, Ronaldo chamava a atenção nas quadras de futebol de salão. Com 13 anos, foi parar nas categorias de base do futebol de campo do São Cristóvão, time da Zona Norte do Rio de Janeiro. Nas mãos do seu primeiro treinador, Roberto Gaglianone atuou nos times infantil e juvenil. Hoje, o ex-técnico tem muita história para contar sobre o menino dentuço que ganhou o apelido de Mônica (personagem do cartunista Mauricio de Souza) dos colegas. Gaglianone mostra com orgulho as fotos, troféus e documentos do Fenômeno no São Cristóvão e faz questão de lembrar que já sabia que tinha um jogador diferenciado nas mãos.

Companheiro de ataque número 1

E também foi no campo do São Cristóvão que Ronaldo conheceu seu primeiro companheiro de ataque, o garoto Clayton, com quem conquistou o primeiro troféu da carreira: a Copa Mané Garrincha de 1992. Dali, rumos bem diferentes foram traçados pelos dois. O primeiro seguiu para o Cruzeiro e se mandou para a Europa, passando por PSV, Barcelona, Inter de Milão, Real Madrid, Milan e Corinthians. Já o outro teve até uma chance no Grêmio em 1993, mas rodou em clubes poucos conhecido, como Atlético de Três Corações, Anartosis do Chipre, Deportivo do Panamá, Capela, Central de Caruaru, Olímpico de Sergipe... Muitos títulos de um lado, poucos de outro e só boas lembranças guardadas.

frame ronaldo são cristóvão (Foto: Reprodução/TV Globo)Quadro de Ronaldo com a camisa do São Cristóvão
(Foto: Reprodução/TV Globo)

- Ele pode ter jogado com Romário, Bebeto, mas quem começou com ele, fazendo dupla de ataque fui eu. Ele era um garoto tranquilo, normal, brincalhão, como os outros garotos. Mas quando entrava em campo se transformava em homem-gol - lembrou Clayton.

A aposta de Alfredo Sampaio

Com apenas 15 anos subiu para os juniores do São Cristóvão. Alfredo Sampaio, hoje técnico do Boavista, finalista da Taça Guanabara, foi o comandante que apostou no menino de Bento Ribeiro.

- Vi o Ronaldo jogando pela primeira vez em um jogo amistoso na antiga Funabem. Naquele dia ele fez cinco gols. Me impressionei com aquilo, e olha que ele era do infantil, eu comandava o juvenil e acabei trazendo ele. Em seguida fui para os juniores e também trouxe ele. Quando fui para o profissional mais uma vez o levei comigo. Só que aí ele foi convocado para a Seleção sub-17, para jogar um Sul-Americano. Quando voltou, ele já estava praticamente negociado com o Cruzeiro - disse Sampaio.

Primeiros passos na Seleção Brasileira

Ronaldo começou a escrever seu nome na história da Seleção Brasileira com 17 anos. A estreia foi no estádio do Arruda, no Recife, com uma vitória sobre a Argentina, por 2 a 0. Mas o primeiro gol com a camisa amarelinha só saiu no último amistoso antes da Copa do Mundo de 1994, contra a Islândia (3 a 0). No primeiro Mundial da carreira, nos EUA, levantou a taça de campeão sem nem entrar em campo.

O massagista Luizão, o "Paizão"

Viola Ronaldo 1994 (Foto: Getty Images)Ronaldo e Viola com a taça da Copa do Mundo de
1994, nos EUA (Foto: Getty Images)

Um personagem importante entrou na vida do Fenômeno durante a Copa, o massagista da Seleção por dez anos Luiz Carlos da Silva, que ficou encarregado de cuidar do menino. Luizão conta histórias engraçadas da concentração e revela mais um apelido do craque: Boquinha, por causa dos dentes avantajados.

- Me passaram a imcumbência de ser um dos responsáveis pelo Ronaldo. Falaram, 'você tem que tomar conta dele, você é o paizão'. Ele ficava no quarto com o Ricardo Rocha, muito brincalhão. E o Ronaldo tinha problema de adenóide, roncava muito. Então o Ricardo pegou ele e o colocou para dormir dentro da banheira. Foi uma gozação só.

Nasce o Fenômeno

Daí para frente Ronaldo foi construindo aos poucos sua carreira fenomenal. Fez sucesso na Europa, primeiro no PSV da Holanda, depois no Barcelona. Na Itália, atuando pelo Inter de Milão, ganhou o apelido de Fenômeno. Em 1996, foi eleito pela primeira vez o melhor jogador do mundo. No ano seguinte repetiu o feito. Na Copa de 1998 assustou o mundo com uma convulsão  momentos antes da final contra a França. O Brasil ficou sem o título, mas não sem Ronaldo.

Em 2002 o camisa 9 brilhou na Alemanha e conquistou o pentacampeonato, sua segunda Copa. Ainda foi eleito mais uma vez pela Fifa como melhor do mundo e continuou a superar lesões e fazer gols por onde passava. O resto da história você já conhece como termina: 14 de fevereiro de 2011.



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