A guerra que ocorre no Rio de Janeiro ganha amplo destaque na programação da TV brasileira. Repórteres com coletes à prova de balas simbolizam o difícil momento. Os câmeras flagram o tiroteio entre policiais a traficantes nos morros cariocas. Imagens semelhantes à Guerra do Golfo na década de 90.
A maior parte das matérias jornalísticas enfoca a prisão de bandidos, mortes e apreensão de drogas e armas. Infelizmente, as reportagens não tocam o ponto nevrálgico da situação: o alto consumo de entorpecentes pelos "cidadãos". Estes financiam, sem dúvida, a "engenharia financeira" do crime (desorganizado e também organizado que não fica restrito aos morros).
Desta vez, grande parte dos telejornais elogia a atuação dos policiais e do Exército que arriscam sua vida para combater a situação, mesmo desvalorizados pelos atuais Governos. Normalmente, a pauta jornalística coloca em xeque toda a corporação policial pela minoria corrupta que é pega em situações embaraçosas.
Em uma guerra real, o Estado tem que combater mesmo os criminosos/terroristas com todo o rigor. A imprensa deve ser aliada das Forças que enfrentam o Poder paralelo. Imagens que retratam uma estratégia não podem ir ao ar em tempo real. O momento é gravíssimo. A velha guerra pelo IBOPE não pode atrapalhar a amenização desta Guerra Civil Brasileira que ocorre há muitos anos, sem o devido enfrentamento.
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